quarta-feira, 13 de junho de 2012

Windows Azure, da Microsoft, aproxima-se do Linux

Microsoft tem atualizado seu Windows Azure para desenvolvedores, com novas capacidades, incluindo infra-estrutura-como um-serviço (IaaS) e máquinas virtuais persistentes para executar aplicativos Windows e Linux na nuvem. Combinados, os recursos deverão facilitar a construção de aplicativos tanto na nuvem como em servidores locais.

Durante apresentação do novo Azure em evento na semana passada, executivos da Microsoft enfatizaram quão bem a Microsoft e ambientes open source deverão trabalhar juntos daqui ara frente. "Estamos mais flexíveis do que nunca", afirmou Scott Guthrie, vice-presidente corporativo do Windows Azure. "Nosso apoio ao Linux é apenas um exemplo de como estamos abraçando a tecnologia open source como algo fundamental para nós", completou.

O Windows Azure contará com bibliotecas das linguagens Java, PHP, Node.js, e .NET, bem como suporte à linha de comando para Mac e imagens Linux personalizadas para o ambiente de nuvem da Microsoft. Os novos serviços também incluem máquinas virtuais do Windows Azure, que permitem a desenvolvedores e engenheiros sincronizar discos rígidos virtuais (VHDs) com a nuvem e configurações locais. Os usuários podem também trazer para o ambiente uma imagem personalizada do Windows Server, do Linux, ou ainda escolher a partir de uma galeria.

Sistemas operacionais compatíveis e imagens disponíveis na galeria online incluem, por parte da Microsoft, as do Windows Server 2008 R2, Windows Server 2008 R2 com o SQL Server 2012 Eval, e Windows Server 2012 RC. No lado Linux, as plataformas suportadas incluem OpenSUSE 12.1, CentOS-6.2, Ubuntu 12.04 e SUSE Linux Enterprise Server 11 SP2.

Durante sua apresentação, Guthrie usou seu terminal para criar uma máquina virtual, escolher um datacenter e configurar a VM da forma como desejasse. O processo todo levou um curto espaço de tempo. "Qualquer coisa que eu instalar nesta máquina virtual irá persistir", disse ele. "Infraestrutura-como-serviço não é apenas a capacidade de fazer upload de VMs na nuvem e executá-las, mas também de integrar esses recursos com soluções existentes", provocou.

Além disso, há a capacidade de fornecer e gerar redes privadas virtuais através do Windows Azure Virtual Network, serviço que permite aos usuários configurar os endereços IP e políticas de segurança (juntamente com outras características da topologia de rede).

Windows Azure Web Sites 

Os desenvolvedores podem usar o Windows Azure Web Sites para construir sites e aplicativos, com a implementação através de tecnologias livres como Umbraco, DotNetNuke e WordPress; a plataforma permite que os usuários implementem até 10 sites em um ambiente livre e compartilhado - os desenvolvedores podem mudar para um "modo reservado" que os permite tornar-se os únicos clientes em uma máquina virtual. O Windows Azure Web Sites suporta Visual Studio, Git, FTP e Microsoft WebMatrix, junto com o Windows Azure SQL Database e bancos de dados MySQL.


Windows Azure SDK

Os recursos do SDK do Azure oferecem suporte a Java, Python, PHP e .NET, bem como à linha de comando para Mac e obviamente Windows, permitindo o desenvolvimento de aplicativos e implementações que estão na preferência dos desenvolvedores. A Microsoft criou o Azure SDKs, publicado sob uma licença Apache 2 e mantida em repositórios GitHub, disponíveis em vários idiomas.

Concorrência

"O Azure compete com a Amazon e outras ofertas de hospedagem na nuvem", disse Rob Enderle, analista diretor do Enderle Group. "Este é um produto muito original para a Microsoft porque a posiciona solidamente em um espaço de serviços completos, o que é incomum para uma empresa que é essencialmente conhecida por fornecer as peças de uma engrenagem aonde um parceiro fornece a solução final", ressaltou. Nesse contexto, a decisão de enfatizar o apoio tanto para a Microsoft e como iniciativas open source faz todo o sentido: "O Azure é a estratégia mais forte da Microsoft de proteger-se do colapso do modelo de especialização que ela mesma criou", conclui o analista. Também permite que a Microsoft ofereça aos clientes um serviço de nuvem global em um momento que os concorrentes - incluindo a Oracle - também estão assumindo suas posições nesse ambiente.

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